Cirurgia para Doença Trofoblástica Gestacional

Os tipos de cirurgia realizados para a doença trofoblástica gestacional são:

  • Curetagem

Este procedimento é muitas vezes utilizado para diagnosticar uma gravidez molar e pode ser o primeiro tratamento realizado para mola hidatiforme.

Neste procedimento, a abertura do colo do útero é dilatada e com auxílio de um instrumento especial (cureta) é feita uma raspagem no interior do útero para remover todo o tecido molar, o que se denomina curetagem.

O procedimento leva cerca de uma hora e pode requerer anestesia geral. A maioria das mulheres tem um pouco de desconforto após este procedimento.

A grande maioria das mulheres pode ir para casa no mesmo dia. As complicações potenciais dessa técnica incluem reações à anestesia, hemorragia uterina, infecções, cicatrizes de colo do útero ou corpo e formação de coágulos sanguíneos. Um efeito colateral raro, mas grave é dificuldade para respirar causada quando pequenos pedaços de tecido trofoblástico se rompem e podem ir para os vasos sanguíneos e chegar aos pulmões. A maioria das mulheres têm cólicas e algum sangramento vaginal ou manchas amarronzadas ao dia seguinte da realização do procedimento.

  • Histerectomia

Esta técnica, que consiste na retirada do útero, é uma opção para as mulheres com gravidez molar que não querem ter mais filhos, mas não é frequentemente utilizada. Ela também é o tratamento padrão para as mulheres com tumores trofoblásticos de localização placentária e epitelioides. A retirada do órgão garante que todas as células do tumor no útero serão removidas, inclusive as que invadiram a camada muscular (miométrio). Entretanto, se algumas células tumorais já se espalharam para fora do útero, esse procedimento não garante que as células de todos os tumores sejam removidas.

Neste procedimento, os ovários são geralmente deixados no local. Quando existem cistos eles serão retirados numa cistectomia ovariana. O útero pode ser removido por:

  1. Histerectomia Abdominal. Neste procedimento, o útero é retirado através de uma incisão na parte anterior do abdome.

  2. Histerectomia Vaginal. Menos frequente, se o útero não é muito grande, ele pode ser separado e removido pela vagina. Em alguns casos, o cirurgião pode fazer uma pequena incisão no abdome para inserção de um laparoscópio, para auxiliar durante a cirurgia, o procedimento é denominado histerectomia vaginal assistida por laparoscopia. Como não é feita uma grande incisão abdominal como na histerectomia abdominal, a recuperação é mais rápida. 

  3. Histerectomia Vaginal por Laparoscopia Assistida. Neste procedimento, vários pequenas incisões são feitas no abdome, para inserção dos instrumentos, inclusive de uma câmara de vídeo, para realizar a cirurgia. O útero é retirado por meio de uma pequena abertura na vagina. Neste procedimento, a recuperação é geralmente mais rápida do que uma histerectomia abdominal. Mas, assim como na histerectomia vaginal, esta técnica só pode ser utilizada se o útero não for muito grande.

Todos esses tipos de cirurgia são realizados com a paciente sob anestesia geral ou anestesia regional. O tempo de internação é de 2 a 3 dias para uma histerectomia abdominal. A recuperação completa pode levar de 4 a 6 semanas. Já para a histerectomia vaginal o tempo de internação é de 1 a 2 dias, com um tempo de recuperação de 2 a 3 semanas. Uma recuperação semelhante é esperada para uma histerectomia laparoscópica.

Os efeitos colaterais da cirurgia podem incluir reações à anestesia, hemorragia e infecção ou danos ao sistema urinário, intestino ou nervos, mas são raros.

Tanto na curetagem como na histerectomia é retirada a fonte da doença dentro do útero, mas não as células cancerígenas que eventualmente podem ter se espalhado para outras partes do corpo. Para ter certeza de que não existem células cancerígenas remanescentes, os níveis de GCH no sangue são verificados periodicamente após a cirurgia. Se os níveis de GCH permanecem iguais ou aumentarem, é recomendada quimioterapia. Entretanto, a maioria das mulheres com gravidez molar não necessitam deste tratamento.

Cirurgia para Tumores Metastáticos

Mesmo quando a doença trofoblástica gestacional se disseminou para outros órgãos, muitas vezes pode ser tratada de forma eficaz com quimioterapia. Mas, em alguns casos raros, a cirurgia pode ser realizada para remover tumores no fígado, pulmão, cérebro ou outro local, em especial quando a doença não está respondendo ao tratamento quimioterápico.

Fonte: American Cancer Society (09/02/2016)
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