Cirurgia para neuroblastoma

A cirurgia pode ser realizada tanto para diagnóstico como para o tratamento do neuroblastoma. Para os tumores menores que não se disseminaram, a cirurgia pode ser o único tratamento necessário.

Biópsia cirúrgica

Em muitos casos, é necessária uma amostra do tumor para confirmação do diagnóstico antes de definir as melhores opções de tratamento. As amostras do tumor são retiradas durante uma biópsia cirúrgica para serem analisadas sob o microscópio e para outros exames complementares de laboratório.

Se o tumor está localizado no abdômen, a cirurgia pode ser realizada com o auxílio de um laparoscópio. O laparoscópico é um tubo longo e fino com uma pequena câmera de vídeo na extremidade, que é inserido no abdômen para permitir a visualização e remoção de amostras do tumor.

Cirurgia como tratamento

Após o diagnóstico do neuroblastoma, a cirurgia é realizada para remover o máximo possível do tumor. Em alguns casos, é possível a retirada de todo (ou quase todo) o tumor e nenhum tratamento adicional é necessário.

Durante o procedimento, o cirurgião avalia cuidadosamente se existem sinais de disseminação do tumor para outros órgãos. Os linfonodos também são retirados e encaminhados para análise.

Se possível, o cirurgião removerá todo o tumor. Mas, se o tumor estiver localizado próximo de estruturas vitais ou em torno dos vasos sanguíneos principais é menos provável que todo o tumor seja retirado. A necessidade de quimioterapia ou outros tratamentos após a cirurgia dependerá do grupo de risco da criança.

Se o tumor for muito grande, a quimioterapia pode ser realizada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor e tornar mais fácil sua retirada.

Possíveis riscos e efeitos colaterais

Assim como em todas as formas de tratamento, a cirurgia também apresenta alguns riscos de complicações, que dependem da localização e da extensão da cirurgia, bem como do estado geral de saúde da criança. Complicações severas, embora raras, podem incluir problemas com a anestesia, hemorragia, infecções e lesões aos vasos sanguíneos, rins, outros órgãos ou nervos. As complicações são mais prováveis de acontecer se o tumor é grande e se desenvolveu nos vasos sanguíneos ou nervos. A maioria das crianças terá um pouco de dor após a cirurgia, mas isso geralmente pode ser aliviado com medicamentos, se necessário.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.

Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 28/04/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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