Cirurgia para Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST)
A cirurgia é geralmente o principal tratamento para um tumor gastrointestinal (GIST) que não se disseminou, com o objetivo de remover todo o tumor.
O tipo de cirurgia a ser realizado depende da localização e do tamanho do tumor:
- Tumor GIST pequeno
Se o tumor é pequeno, será removido junto com uma pequena área de tecido normal adjacente. Ao contrário de outros tipos de câncer, a remoção dos linfonodos próximos não é necessária, porque quase nunca o GIST se dissemina para os linfonodos.
Para alguns tipos de câncer de pequeno porte, a cirurgia laparoscópica pode ser uma opção. Nesse procedimento, o cirurgião faz apenas pequenas incisões no abdome para a remoção do tumor.
- Tumor GIST maior
Se o tumor é grande ou se disseminou para outros órgãos, o cirurgião ainda pode tentar removê-lo totalmente. Para isso, pode ser necessário retirar porções de outros órgãos, como secções do intestino. O cirurgião também pode retirar tumores que se disseminaram para outras partes do abdômen, como o fígado.
Se o tumor não pode ser removido totalmente sem provocar grandes problemas, o médico pode tratar inicialmente o paciente com imatinibe, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e tornar mais fácil sua ressecção cirúrgica.
- GISTs metastático
A cirurgia não é um tratamento frequente para GISTs disseminados para outros órgãos. Nesses casos, a primeira opção terapêutica é a terapia alvo. Mas se existirem poucos tumores metastáticos e eles responderem bem à terapia alvo, alguns médicos podem indicar a remoção cirúrgica. Não foram realizados grandes estudos para mostrar a eficácia desse procedimento, mas pode ser uma opção. Se o seu médico indicar essa cirurgia, procure entender os objetivos e os possíveis efeitos colaterais.
Se os tumores estiverem localizados no fígado e não for possível a remoção cirúrgica, outras opções podem incluir diferentes tipos de tratamentos locais, como ablação ou embolização.
Escolhendo o cirurgião
Independentemente do tipo de cirurgia, é muito importante que seja realizada por um cirurgião com experiência no tratamento de GISTs. Os GISTs geralmente são tumores delicados, e os cirurgiões devem ter cuidado para não romper o revestimento externo (cápsula), para não aumentar o risco de disseminação da doença. Os GISTs também tendem a ter muitos vasos sanguíneos; portanto, o cirurgião deve ser cuidadoso no controle de qualquer hemorragia do tumor.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/12/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.