Tratamento para câncer de vulva de células escamosas

O estadiamento da doença é o fator mais importante para a escolha do tratamento. Entretanto, outros fatores também afetam essa decisão, como localização do tumor na vulva, tipo de tumor, idade e estado de saúde geral do paciente.

  • Carcinoma In situ (Estágio 0)

As opções de tratamento para o carcinoma in situ e alterações pré-cancerígenas (neoplasia intraepitelial de vulva) são as mesmas. A cirurgia a laser, excisão local ampla ou vulvectomia por esfoliação podem ser realizadas, dependendo do tamanho e localização do tumor. As pomadas de 5-fluorouracil ou imiquimod podem ser aplicadas sob as áreas anormais. Os tumores estágios 0 podem recidivar ou novos tumores iniciais podem se formar em outras áreas da vulva.

  • Estágio I

As opções de tratamento dependerão do tamanho e da profundidade do tumor, além da presença (ou não) de uma neoplasia intraepitelial. Se a profundidade do tumor é de até um milímetro (estágio IA) e não existem outras áreas afetadas e nem neoplasia intraepitelial, o tumor é removido juntamente com uma margem de um centímetro do tecido normal circundante.
 
Para tumores estágio IB, o tratamento inclui uma vulvectomia radical parcial e dissecção dos linfonodos inguinais. Pode ser realizada a biópsia do linfonodo sentinela em vez da linfadenectomia. Se houver doença nos linfonodos, pode ser administrada radioterapia com quimioterapia.
 
Outra opção, raramente utilizada para tumores maiores, é a vulvectomia radical com remoção dos linfonodos inguinais. Se os linfonodos não forem removidos devido ao estado de saúde da paciente, pode ser realizada radioterapia. Se os linfonodos estiverem aumentados, pode ser realizada uma biópsia para diagnosticar a presença (ou não) de células cancerígenas.
 
As pacientes que não tiverem condições de saúde para realizar uma cirurgia, poderão ser tratadas apenas com radioterapia.

  • Estágio II

Os tumores em estágio II tem-se disseminado para estruturas próximas a vulva, como ânus, terço inferior da vagina ou o terço inferior da uretra. Uma opção de tratamento para estes casos é a vulvectomia radical parcial, com (ou sem) remoção dos linfonodos inguinais. A radioterapia após a cirurgia poderá ser necessária se existirem células cancerígenas próximas às margens cirúrgicas.
 
Para as mulheres sem condições clínicas para realizar a cirurgia, a radioterapia (com ou sem quimioterapia) pode ser realizada como tratamento principal.

  • Estágio III

Os tumores em estágio III tem disseminação para os linfonodos próximos. Neste caso, o tratamento pode incluir cirurgia para remoção do tumor e do linfonodos inguinais, que pode ser seguida por radioterapia. Às vezes, a quimioterapia com 5-FU ou cisplatina é administrada junto com a radioterapia para potencializar o tratamento.
 
Esses tumores também podem ser tratados com radioterapia (com ou sem quimioterapia) seguida por cirurgia para retirar a doença remanescente. Isso é muitas vezes realizado para preservar estruturas como vagina, uretra e ânus.
 
A radioterapia e a quimioterapia (sem cirurgia) podem ser utilizadas como tratamento principal para as pacientes sem condições físicas para realizarem a intervenção.

  • Estágio IVA

Esses tumores se disseminaram para outros órgãos e tecidos da pelve, como reto, bexiga, ossos da pelve, parte superior da vagina e a parte superior da uretra. Quando tratados cirurgicamente, o objetivo é retirar o máximo possível do tumor. A extensão da cirurgia depende dos órgãos atingidos pela doença. A exenteração pélvica é uma opção, embora seja raramente realizada.
 
A abordagem padrão é combinar a cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A radioterapia pode ser realizada antes ou após a cirurgia. A quimioterapia pode ser administrada antes da cirurgia. A radioterapia e possivelmente a quimioterapia também pode ser administrada às mulheres que não tem condições de realizar a cirurgia por outros problemas clínicos.
 
O estágio IVA também inclui tumores com disseminação para os linfonodos próximos. Estes tumores são frequentemente tratados com vulvectomia radical e remoção dos linfonodos da virilha. A radioterapia frequentemente associada à quimioterapia pode ser administrada antes ou após a cirurgia.

  • Estágio IVB

Esses tumores se disseminaram para os linfonodos da pelve ou para outros órgãos e tecidos, como pulmões ou fígado. Nestes casos, a cirurgia é útil para o alívio dos sintomas de obstrução do intestino ou da bexiga. A radioterapia também pode ser realizada para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas. A quimioterapia também pode ser uma opção. Uma outra opção é a participação em um estudo clínico.

  • Recidiva

As opções de tratamento para uma recidiva dependerão se é local (apenas na vulva), regional (linfonodos próximos) à distância (se disseminou para outros órgãos). Se a recidiva é local, pode ainda ser possível retirar o tumor cirurgicamente ou combinando-se a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia.
 
Quando a doença é inoperável, a quimioterapia e/ou radioterapia podem ser realizadas para ajudar a aliviar sintomas como dor causada pela doença ou para diminuir o tamanho do tumor para que a cirurgia possa tornar-se uma opção de tratamento. Se o tratamento é administrado apenas para aliviar a dor ou sangramento, é denominado tratamento paliativo.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 16/01/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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