Tratamento do câncer de timo por extensão e tipo de tumor
Se um tumor de timo é (ou não) considerado ressecável (que pode ser retirado por cirurgia) é um dos fatores mais importantes para determinar as opções de tratamento. O tipo de tumor também é importante. Os carcinomas tímicos são mais propensos a crescer e se disseminar mais rapidamente do que os timomas e, muitas vezes, necessitam de um tratamento mais agressivo.
Tumores ressecáveis
Para os pacientes com tumores ressecáveis (quase todos os estágios I e II, a maioria dos cânceres do estágio III, e uma pequena parcela dos tumores estágio IV), a cirurgia oferece um melhor resultado a longo prazo se for possível de ser realizada. Isso tipicamente inclui a retirada de todo o timo, e, dependendo da extensão da doença, talvez os órgãos próximos e vasos sanguíneos.
Os timomas em estágio inicial (I e II) geralmente não requerem tratamento adicional após a cirurgia, se o tumor foi completamente removido. Em alguns casos, a radioterapia pode ser considerada se houver a possibilidade de que ainda exista uma parte de tumor remanescente.
Pacientes com timomas em estágios mais avançados (III e IV) podem ser tratados com radioterapia após a cirurgia, mesmo se todo o tumor foi removido. Se o tumor não pode ser completamente retirado, a radioterapia é geralmente administrada após a cirurgia. Dependendo da quantidade de tumor remanescente, pode também ser administrada quimioterapia.
Os carcinomas tímicos são mais propensos do que os timomas a recidivar após o tratamento. Pacientes com tumores em estágio I podem não precisar tratamento adicional se o tumor for completamente removido cirurgicamente. Nos pacientes com doença avançada normalmente é administrada a radioterapia após a cirurgia. A radioterapia pode ser administrada junto com quimioterapia, especialmente em casos nos quais existe a possibilidade de doença remanescente.
Tumores irressecáveis
Este grupo inclui os cânceres que estão localizados próximos a estruturas vitais ou que se disseminaram, suficientemente longe para serem removidos completamente durante a cirurgia (estágios III e IV), bem como em pacientes que estão muito doentes para suportar a cirurgia.
Em alguns casos, é recomendada inicialmente a quimioterapia para tentar tornar o tumor ressecável. Se houver uma redução significativa no tamanho do tumor, a cirurgia é realizada. Posteriormente, é feito um tratamento adicional com quimioterapia ou radioterapia.
A cirurgia pode ser o primeiro tratamento para alguns tumores inoperáveis, para tentar remover o máximo possível do tumor (redução de volume). A esperança é que a cirurgia possa ajudar a potencializar os outros tipos de tratamentos e aumente a sobrevida.
Os pacientes que não podem fazer a cirurgia, porque a doença se disseminou ou seu estado geral de saúde não é adequado para realizar o procedimento, a quimioterapia e a radioterapia são as principais opções de tratamento.
Como os tumores irressecáveis podem ser difíceis de serem tratados, participar de uma nova forma de tratamento em um estudo clínico pode ser uma opção razoável.
Recidiva
Recidiva é quando a doença volta após o tratamento, podendo ser local ou em outros órgãos.
O tratamento da recidiva depende da localização e das terapias já realizadas. Se a recidiva está localizada, a cirurgia pode ser uma opção. Mas na maioria dos casos, as opções terapêuticas podem estar limitadas à radioterapia e/ou quimioterapia. Esses tratamentos podem, muitas vezes, ser eficazes no controle da doença por algum tempo, apesar de ser pouco provável que resulte na cura.
Como as recidivas, muitas vezes, podem ser difíceis de serem tratadas, participar de estudos clínicos com novos tipos de tratamento pode ser uma boa opção.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 04/10/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.