Quimioterapia para tumores cerebrais em crianças
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas como também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa ou via oral.
Para alguns tumores cerebrais, os quimioterápicos podem ser administrados diretamente no líquido cefalorraquidiano (LCR).
Em geral, a quimioterapia é administrada para tumores de crescimento rápido. Alguns tipos de tumores cerebrais, como o meduloblastoma, geralmente respondem bem à quimioterapia.
A quimioterapia é mais frequentemente administrada junto com outros tratamentos, como cirurgia e radioterapia. Pode ser usada em vez da radioterapia em crianças de até três anos.
Os quimioterápicos usados para tratar tumores cerebrais incluem:
- Carboplatina.
- Carmustina.
- Cisplatina.
- Ciclofosfamida.
- Etoposide.
- Lomustina.
- Metotrexato.
- Temozolomida.
- Tiotepa.
- Vincristina.
Estes medicamentos podem ser usados sozinhos ou em várias combinações, dependendo do tipo de tumor cerebral. A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia tem duração de algumas semanas.
Possíveis efeitos colaterais
Os medicamentos quimioterápicos atacam as células que se dividem rapidamente, razão pela qual agem sobre as células cancerígenas. Esses efeitos dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento. Os efeitos frequentes podem incluir:
- Perda de cabelo.
- Inflamações na boca.
- Perda de apetite.
- Náuseas e vômitos.
- Diarreia.
- Infecções, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
- Hematomas ou hemorragias, devido a diminuição das plaquetas.
- Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.
Alguns dos medicamentos mais eficazes contra os tumores cerebrais podem apresentar menos efeitos colaterais do que medicamentos quimioterápicos convencionais, mas ainda podem ocorrer. A maioria dos efeitos colaterais tende a ser de curto prazo e desaparecem quando o tratamento é concluído. O médico e a equipe médica do seu filho observarão atentamente os efeitos colaterais. Existem muitas maneiras de diminuir esses efeitos colaterais. Por exemplo, medicamentos podem ser administrados para prevenir ou diminuir as náuseas e vômitos.
Além dos riscos citados acima, alguns medicamentos quimioterápicos podem apresentar outros efeitos colaterais menos frequentes. Por exemplo, a cisplatina e a carboplatina também podem provocar problemas renais e perda de audição. Se estes medicamentos forem utilizados, o médico verificará a função renal e a audição do seu filho periodicamente.
Converse com o médico sobre quais medicamentos podem ajudar a reduzir os efeitos colaterais e mantenha-o informado caso seu filho apresente qualquer efeito colateral diferente para que o mesmo possa ser rapidamente gerenciado. Em alguns casos, a dose do medicamento pode precisar ser reduzida ou o tratamento ser interrompido para evitar que os efeitos se agravem.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Quimioterapia.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 20/06/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.