Radioterapia para câncer de vulva
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor.
Muitas vezes a radioterapia é realizada em conjunto com a quimioterapia (quimioirradiação) para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia, fazendo que o procedimento cirúrgico seja menos extenso. A radioterapia isoladamente é realizada para tratar os linfonodos da virilha e região pélvica.
Tipos de radioterapia
As novas técnicas de radioterapia com feixes externos permitem um tratamento com mais precisão, com uma menor exposição dos tecidos saudáveis próximos às radiações. Essas técnicas incluem:
- Radioterapia conformacional tridimensional. A radioterapia conformacional 3D está baseada no planejamento tridimensional, permitindo concentrar a radiação na área a ser tratada e reduzir a dose nos tecidos normais adjacentes. Dessa forma, o tratamento é mais eficaz, com poucos efeitos colaterais, diminuindo as complicações clínicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
- Radioterapia de intensidade modulada. É uma forma de radioterapia tridimensional, no qual o equipamento se move em torno do paciente, enquanto libera a radiação. Além de moldar os feixes de radiação e direcioná-los para o tumor de vários ângulos, a intensidade dos feixes pode ser ajustada limitando as doses em órgãos normais próximos, como ossos, intestino, reto e bexiga. Isso permite a administração de uma dose maior no tratamento do tumor.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais frequentes de curto prazo da radioterapia na pelve incluem:
- O cansaço pode se tornar importante algumas semanas após o início do tratamento. Diarreia, náuseas e vômitos geralmente podem ser controlados com medicamentos.
- Alterações da pele são comuns na área irradiada, podendo variar de uma leve vermelhidão temporária a uma descoloração permanente.
- A radioterapia pode tornar a área da vulva sensível e dolorida. A pele pode liberar líquido, o que pode levar à infecção, de modo que a área exposta às radiações deve ser cuidadosamente limpa e protegida.
- A radioterapia também pode diminuir as taxas sanguíneas provocando anemia e leucopenia. A diminuição dos glóbulos vermelhos pode provocar cansaço e falta de ar. A diminuição dos glóbulos brancos pode aumentar o risco de infecção. As taxas sanguíneas normalmente retornam ao normal após o término da radioterapia.
- As mulheres que recebem radioterapia na região inguinal (virilha) após a dissecção dos linfonodos podem ter problemas de cicatrização.
- A radioterapia na região dos linfonodos pode levar a uma má drenagem de linfa das pernas. A linfa pode acumular e provocar inchaço nas pernas a noite (linfedema).
Os efeitos colaterais tendem a ser mais severos se a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia. Se você apresentar quaisquer efeitos colaterais durante a radioterapia, informe seu médico para que ele a oriente sobre a melhor maneira para aliviá-los.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Radioterapia.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 16/01/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.