Tumores epiteliais do ovário

Os tipos de tumores epiteliais de ovário são:

  • Tumores ovarianos epiteliais benignos

Os tumores epiteliais de ovário benignos não se disseminam, e geralmente não causam doenças graves. Existem vários tipos de tumores epiteliais benignos, incluindo os cistoadenomas serosos, cistoadenomas mucinosos e os tumores de Brenner.

  • Tumores de baixo potencial de malignidade

Alguns tumores epiteliais de ovário, quando visualizados ao microscópio não parecem ser claramente cancerígenos. Esses são denominados tumores de baixo potencial de malignidade.  Os dois tipos mais frequentes são o carcinoma seroso proliferativo atípico e o carcinoma mucinoso proliferativo atípico. Esses são diferentes dos cânceres de ovário típicos, porque não crescem dentro do tecido de suporte do ovário, denominado estroma. Da mesma forma, se eles se disseminarem para fora do ovário, por exemplo, para a cavidade abdominal, podem crescer no revestimento do abdômen.
 
Os tumores de baixo potencial de malignidade tendem a acometer mulheres mais jovens, ao contrário dos outros tipos de câncer de ovário. Esses tumores crescem lentamente e têm menos risco de morte do que a maioria dos cânceres de ovário.

  • Tumores epiteliais malignos do ovário

Os tumores epiteliais são denominados carcinomas sendo que de 85% a 90% desses tumores correspondem a carcinomas epiteliais do ovário. As células dos tumores epiteliais têm várias características que são utilizadas para classificá-los em diferentes tipos. O tipo seroso (52%) é o mais frequente, mas existem outros, como o mucinoso (6%), endometrioide (10%) e de células claras (6%).
 
Os carcinomas epiteliais de ovário são classificados pelo grau, baseado em quanto ele se assemelha ao tecido normal numa escala de 1 a 3. Os carcinomas epiteliais de ovário grau 1 se assemelham mais com o tecido normal e têm um melhor prognóstico. Os de grau 3 se parecem menos com o tecido normal e, geralmente, têm um prognóstico pior. Os tumores de grau 2 têm características entre os graus 1 e 3.
 
Outras características também são levadas em conta, como a rapidez com que as células cancerígenas se desenvolvem e como reagem à quimioterapia. Os tumores tipo I tendem a crescer lentamente e provocam menos sintomas, não respondendo bem à quimioterapia. Exemplos de tumores tipo I: carcinoma seroso de grau 1, carcinoma de células claras, carcinoma mucinoso e carcinoma endometrioide. Os tumores tipo II crescem rapidamente e tendem a se disseminar mais cedo. Esses tumores tendem a responder melhor à quimioterapia. O carcinoma seroso de alto grau (grau 3) é um exemplo de tumor tipo II.

  • Carcinoma peritoneal primário

O carcinoma peritoneal primário começa nas células que revestem o interior das trompas de Falópio. Assim como, o câncer de ovário, o carcinoma peritoneal primário tende a se disseminar ao longo das superfícies da pelve e abdômen, por isso muitas vezes é difícil dizer exatamente onde a doença se iniciou. Este tipo de câncer pode ocorrer em mulheres que ainda têm ovários, no entanto é mais comum nas mulheres que já removeram os ovários para prevenir o câncer de ovário.
 
Os sintomas do carcinoma peritoneal primário são semelhantes aos do câncer de ovário, incluindo dor ou inchaço abdominal, náuseas, vômitos, indigestão e alteração nos hábitos intestinais. Além disso, assim como o câncer de ovário, o carcinoma peritoneal primário pode elevar o nível do marcador tumoral CA-125.
 
As mulheres com carcinoma peritoneal primário geralmente recebem o mesmo tipo de tratamento que aquelas com câncer de ovário disseminado. Isto pode incluir cirurgia para retirar o máximo possível do tumor, seguido por quimioterapia.

  • Câncer das trompas de Falópio

Este é um tipo raro de câncer. Começa nas trompas de Falópio, que transportam o óvulo do ovário para o útero. Como o carcinoma peritoneal primário e o câncer de ovário, o câncer das trompas de Falópio tem sintomas semelhantes. O tratamento para o câncer de trompas de Falópio é similar  ao do câncer de ovário, mas o prognóstico é um pouco melhor.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 11/04/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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