VI Encontro de Pacientes com Câncer de Mama Metastático
A descoberta de um câncer de mama metastático gera muitas inseguranças tanto nas pacientes como em seus familiares e cuidadores. Pensando em esclarecer dúvidas e dar apoio durante esta jornada, o Instituto Oncoguia realizou no dia 20 de outubro de 2018, em São Paulo (SP), o VI Encontro de Pacientes com Câncer de Mama Metastático. Confira como foi!
Abertura institucional com Luciana Holtz, fundadora e presidente do Instituto Oncoguia e apresentação da pesquisa “A jornada da paciente com câncer de mama metastático: diferentes sentidos a partir da percepção das mulheres” com Nathália Rosa, consultora de pesquisas do Oncoguia
A pesquisa realizada pelo Instituto Oncoguia com 267 mulheres com câncer de mama metastático revelou que cerca de 20% não sabem qual seu tipo de câncer e 29% conhecem muito pouco ou quase nada sobre a doença. A pesquisa apresenta, além de dados sobre conhecimento da doença, questões como problemas no diagnóstico, tratamento e impactos na qualidade de vida.
Entrevista com Luciana Holtz. Vamos falar sobre nossos direitos e políticas públicas? Participação Maria Paula Bandeira, advogada e paciente de câncer de mama metastático
Com foco nos direitos dos pacientes com câncer, Maria Paula Bandeira ressaltou a importância de lembrar que pela Constituição, todos têm direito à saúde e à vida. Ao longo do bate-papo, ela esclareceu dúvidas das participantes sobre o que a lei permite para pacientes oncológicos, passando informações sobre questões trabalhistas, auxílio-doença e convênios médicos.
Painel sobre Qualidade de Vida - Parte 1
Assuntos abordados:
Como estar bem nutrido para enfrentar um câncer de mama metastático?
Diogo Toledo, médico nutrólogo do Hospital Albert Einstein e presidente da Sociedade Brasileira De Nutrição Parenteral e Enteral.
A boa alimentação e a nutrição são fatores fundamentais tanto para a prevenção do câncer, quanto para a melhor qualidade de vida de pacientes oncológicos. Desnutrição e obesidade, por exemplo, são importantes fatores de risco que merecem atenção. Mas como saber se você está devidamente nutrido? Diogo Toledo destacou em sua palestra os desafios e estratégias para melhorar a nutrição durante o tratamento.
De que forma a atividade física pode me ajudar?
Tânia Tonezzer, fisioterapeuta Especialista em Oncologia e Linfoterapia.
Luciana Castelli, educadora Física Especialista em Oncologia.
A prática de exercícios físicos com regularidade é um fator que contribui para a prevenção do câncer e também beneficia pacientes oncológicos durante e após o tratamento. Nos casos de mulheres com câncer de mama, os exercícios ajudam a reduzir o risco de recorrência da doença, fadiga, anemia e náuseas. Tânia Tonezzer e Luciana Castelli destacaram ainda as restrições e cuidados especiais que merecem atenção durante a prática e outras orientações sobre melhores exercícios e intensidade.
Manejo de efeitos colaterais.
Fernanda Cristina de Araújo, enfermeira especialista em Oncologia do ICESP.
Diante de um tratamento intermitente para o câncer de mama metastático, a presença constante de sintomas adversos é uma realidade. A enfermeira Fernanda Cristina de Araújo comentou sobre os mais comuns, como náusea, fadiga, mucosite, entre outros, e deu dicas sobre como aliviá-los. Ela também ressaltou a importância de manter um diário de sintomas e de contar sempre com a ajuda dos profissionais de diversas áreas de atuação.
Testamento vital
Luciana Dadalto, Doutora em Ciências da Saúde pela faculdade de medicina da UFMG. Administradora do portal Testamento Vital.
Fazer um testamento vital pode muitas vezes assustar, mas esta é uma forma importante de garantir que as escolhas e decisões dos pacientes sobre os cuidados, tratamentos e procedimentos médicos sejam realizados pelos seus familiares em um momento em que ele não pode mais decidir por si. Luciana Dadalto esclareceu dúvidas sobre como e quando fazer este documento.
Integrando o Cuidado. Mesa com especialistas
Assuntos abordados:
Novidades no tratamento.
Rafael Kaliks, oncologista do Hospital Albert Einstein.
O oncologista abordou as principais novidades no tratamento sistêmico de pacientes com câncer de mama metastático como hormonioterapia, terapia anti-HER2 e quimioterapia. Algumas informações importantes para decidir qual o melhor caminho para tratar cada paciente, mesmo que suas doenças tenham o mesmo nome e sobrenome, é conhecer as características do tumor, o que a paciente já tomou no passado, onde estão as metástases, informações pessoais e histórico médico da paciente.
Radioterapia e o câncer de mama metastático.
Ana Carolina Rezende, médica rádio-oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
A radioterapia para pacientes com câncer de mama metastático garante maior precisão, intensidade focal, controle local e menor toxicidade. Além disso, dentre os benefícios apresentados pela radioterapia está o alívio dos sintomas como dor, previne fraturas, compressão de brônquios e veias, ou seja, de forma geral melhora a qualidade de vida. A rádio-oncologista Ana Carolina ainda ressaltou a importância de não ter medo da radioterapia, pois é um procedimento seguro e com muitos avanços tecnológicos.
Cuidados paliativos e o câncer de mama metastático.
Milena Reis, coordenadora da equipe de controle de sintomas e cuidados paliativos do Hospital Santa Paula.
Muitas dúvidas ainda geram confusão sobre o que são cuidados paliativos, uma abordagem que promove qualidade de vida aos pacientes e familiares com a prevenção e o alívio do sofrimento diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, tratando das dores físicas, psicológicas e espirituais. Milena Reis esclareceu alguns mitos sobre os cuidados paliativos e apresentou informações sobre quando começar, quais profissionais compõem o quadro de tratamento e dados mundiais sobre política pública para alívio do sofrimento.
Painel sobre Qualidade de Vida - Parte 2
Assuntos abordados:
Como manejar o estresse do dia a dia?
Adriana Madeira Álvares da Silva, bióloga doutora em genética do câncer.
A bióloga Adriana Madeira apresentou estudos que apontam que o estresse aumenta os riscos de inflamação, diminui o efeito da quimioterapia, aumenta as chances de metástase, diminui a atividade imune, dentre outros prejuízos à saúde. Com isso, o manejo do estresse com suporte social, junto ao tratamento convencional, garante mais qualidade de vida e até mesmo sobrevida em pacientes com câncer de mama.
Depressão: quando pedir ajuda?
Vicente Carvalho, Médico psiquiatra, psico-oncologista certificado pela Sociedade Brasileira de Psico-oncologia.
A tristeza é uma reação normal e muito comum, porém ela difere da depressão que é uma doença psicológica e sistêmica, que envolve hormônios e neurotransmissores, com causas físicas e emocionais. Em sua palestra, o psiquiatra Vicente Carvalho desfaz alguns mitos sobre a depressão e destacou os critérios de diagnóstico, os melhores caminhos e momentos para pedir ajuda. Ele ainda alertou que alguns tipos de câncer e certos medicamentos também podem causar depressão.
Como os cuidados integrativos podem ajudar?
Plínio Cutait, Mestre de Reiki, coordenador do núcleo de cuidados integrativos do Hospital Sírio Libanês.
Plínio Cutait abordou em sua palestra a importância de, além de tratar da doença, cuidar dos pacientes em sua integralidade, preservando a saúde por meio de práticas que promovam o autocuidado, como yoga, meditação e outras. Por meio desse autocuidado, é possível encontrar o equilíbrio para reagir melhor ao surgimento de doenças e também aos tratamentos necessários.
Espiritualidade e esperança.
Regina Liberato, psico-oncologista.
A espiritualidade ajuda a tirar o foco dos pacientes de sua doença e a se concentrar melhor em seus interesses, como ser mais feliz e sofrer menos, por exemplo. Pesquisas realizadas pelo Hospital do Câncer de Barretos apontam que mais de 90% dos pacientes com câncer consideram importante a espiritualidade para um melhor enfrentamento da doença. Regina Liberato pontuou as principais necessidades espirituais das pessoas e o processo de humanização do tratamento oncológico.
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