Efeitos Tardios do Tratamento do Câncer em Adolescentes
Adolescentes que tiveram câncer podem apresentar efeitos tardios do seu tratamento. É importante discutir quais são esses possíveis efeitos com seu médico.
Os riscos dependem de uma série de fatores, como o tipo de câncer, tratamentos realizados e doses administradas. A idade do paciente no momento do diagnóstico, início e duração do tratamento também são importantes. Alguns órgãos e sistemas corporais ainda podem crescer e se desenvolver em adolescentes, o que pode torná-los mais sensíveis a tratamentos como quimioterapia e radioterapia.
Os efeitos tardios podem envolver mais de uma parte do corpo ou mais de um sistema de órgãos, podendo variar a intensidade de leve a severa. Eles podem incluir:
- Infertilidade.
- Risco de desenvolver outro câncer mais tarde na vida.
- Problemas cardíacos ou pulmonares.
- Problemas de audição ou visão.
- Problemas renais ou ósseos.
- Dor ou inchaço.
- Deficiências hormonais.
Assim como o tratamento do câncer na adolescência requer uma abordagem especializada, o mesmo deve ser observado para os efeitos tardios. Um acompanhamento cuidadoso após o tratamento do câncer permite aos médicos diagnosticar e tratar os efeitos tardios o mais precocemente possível. O acompanhamento depende de alguns fatores, incluindo o tipo de câncer, os tratamentos utilizados e o risco de efeitos tardios desses tratamentos.
É muito importante discutir possíveis complicações a longo prazo do tratamento com seu médico para garantir um esquema de gerenciamento e vigilância e assim iniciar o tratamento imediatamente, se necessário.
Obviamente é normal querer voltar à vida de antes uma vez terminado o tratamento do câncer. Mas é importante entender que o acompanhamento clínico periódico após o término do tratamento é uma parte fundamental do processo, além de proporcionar uma recuperação completa.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 16/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.