Vivendo com linfoma de Hodgkin
Para alguns pacientes com linfoma de Hodgkin, o tratamento pode remover ou destruir o linfoma, mas chegar ao fim do tratamento pode ser estressante. Ao mesmo tempo em que o paciente se sente aliviado com o término do tratamento, fica a preocupação de uma recidiva ou progressão da doença. Este é um sentimento muito comum para a maioria dos pacientes que tiveram um linfoma de Hodgkin.
Em outros pacientes, o linfoma pode não desaparecer completamente. Esses pacientes continuarão tratamentos regulares para tentar manter a doença sob controle. A vida após o câncer significa voltar a realizar suas atividades e também fazer novas escolhas.
Cuidados no acompanhamento
Quando o tratamento termina, os médicos irão acompanhá-lo de perto por alguns anos. Por isso é muito importante comparecer a todas as consultas de acompanhamento. Nessas consultas o médico sempre o examinará, conversará com você sobre qualquer sintoma que tenha apresentado, poderá pedir alguns exames de laboratório ou de imagens para acompanhamento e reestadiamento da doença.
Quase todos os tratamentos para o câncer podem apresentar efeitos colaterais. Alguns podem durar apenas alguns dias ou semanas, mas outros podem durar mais tempo. Alguns efeitos colaterais podem não aparecer até mesmo anos após o término do tratamento. Suas visitas ao médico são um bom momento para fazer perguntas e falar sobre quaisquer alterações ou problemas que você perceba ou preocupações que você possa apresentar.
Acompanhamento clínico
O acompanhamento clínico é recomendado a cada três a seis meses nos primeiros anos após o tratamento. Com o tempo, o intervalo dessas consultas pode aumentar, e após 5 anos se tornam anuais.
Dados médicos
Por mais que você queira deixar a experiência para trás ao fim do tratamento, é também muito importante que você mantenha arquivados os exames médicos e outros dados.
Mantenha cópias dos seguintes documentos: laudo de patologia e de qualquer biópsia ou cirurgia; relatório de alta hospitalar; relatório do tratamento radioterápico; relatórios dos tratamentos com quimioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea, incluindo medicamentos utilizados, doses e tempo do tratamento; e exames de imagem.
Como diminuir o risco do linfoma progredir ou recidivar?
Se você tem (ou já teve) linfoma de Hodgkin, provavelmente quer saber se existe algo que possa fazer para diminuir o risco de uma recidiva ou um novo câncer.
Adotar hábitos saudáveis como não fumar, comer bem, ser ativo e manter um peso ideal ajuda a reduzir seu risco. Não se sabe com certeza se isso ajudará, mas se sabe que isso pode ter efeitos positivos na sua saúde que podem se estender além do risco de linfoma de Hodgkin e outros tipos de câncer.
Suplementos dietéticos
Até o momento, nenhum suplemento dietético, incluindo vitaminas, minerais e produtos fitoterápicos, mostrou diminuir o risco da progressão ou recidiva do linfoma de Hodgkin. Isso não significa que nenhum suplemento ajudará, mas é importante saber que nenhum suplemento é eficaz.
Se você está pensando em tomar qualquer tipo de suplemento nutricional, converse antes com seu médico, para decidir quais você pode usar com segurança, evitando aqueles que podem ser prejudiciais.
Se o linfoma de Hodgkin voltar?
Se o linfoma de Hodgkin recidivar em algum momento, suas opções de tratamento dependerão da localização da recidiva, de quais tratamentos já foram realizados e de seu estado geral de saúde.
Risco de um segundo câncer após o tratamento
Os pacientes que tiveram linfoma de Hodgkin podem ter outros tipos de câncer.
Suporte emocional
Algo que ajuda muito o paciente com linfoma de Hodgkin a enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Independente de como, o importante é que você encontre em algo ou em alguém essa ajuda, seja nos familiares, nos amigos, em ex-pacientes, em sites sobre a doença, ou até em sua própria fé. Você não precisa passar por tudo isso sozinho, seus familiares e amigos podem e querem ajudar. Não se feche na doença, esteja disposto a ouvir o que os outros têm a lhe dizer.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/05/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.