Efeitos tardios do tratamento do câncer infantil
O tratamento do câncer infantil teve avanços nas últimas décadas, aumentando os casos que resultam em cura. No entanto, o tratamento pode causar efeitos que impactam a saúde da criança durante a vida adulta. Por isso, os efeitos colaterais a longo prazo têm sido uma preocupação nos últimos anos.
Atualmente, cada vez mais crianças tratadas de câncer sobrevivem até a idade adulta. Após o término do tratamento, o médico estabelecerá um cronograma de acompanhamento. É importante que as crianças que passaram por um câncer façam exames regulares de seguimento e reestadiamento da doença. Com o passar do tempo, o risco da recidiva diminui e as consultas clínicas passam a ser menos frequentes, mas não deixam de ser importantes exatamente para rastrear possíveis efeitos colaterais que podem surgir muitos anos após o término do tratamento. Quanto mais cedo os problemas forem reconhecidos, maior a probabilidade deles serem tratados com eficácia.
Efeitos colaterais tardios para crianças com câncer
Crianças e adolescentes que enfrentaram um câncer têm risco aumentado para uma série de possíveis problemas de saúde ao longo da vida. Esse risco depende de uma série de fatores, como o tipo de tumor, os tratamentos recebidos, doses terapêuticas recebidas, bem como a idade da criança na época do tratamento. Os efeitos tardios do tratamento podem incluir:
- Problemas cardíacos ou pulmonares.
- Problemas no desenvolvimento dos ossos.
- Alterações no desenvolvimento sexual e fertilidade.
- Problemas de aprendizagem.
- Desenvolvimento de um segundo câncer mais tarde.
É muito importante discutir as possíveis complicações a longo prazo com a equipe médica que cuida do seu filho, para identificar possíveis problemas ou alterações e, se necessário poder tratá-los.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 28/05/2024, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.