Quando recebi o diagnóstico do primeiro câncer, parecia que o chão havia se aberto sem fim. Aos poucos, porém, entendi que descobrir a doença logo no início foi fundamental para a cura. Dias após o diagnóstico, fiz a cirurgia em dezembro de 2019 e, após a recuperação, iniciei a radioterapia. Já havia um indicativo para avaliar a tireoide e, após a biópsia, o diagnóstico foi novamente câncer. Realizei a cirurgia em março de 2021.

Estava em uso de tamoxifeno e fazendo acompanhamento periódico quando, entre consultas e exames, surgiram alguns sintomas. Em contato com meus médicos, fui diagnosticada com um novo câncer de mama (diferente do primeiro, mas na mesma mama), desta vez com metástase no fígado e nos ossos. Até hoje, não consigo descrever como me senti, mas a pergunta que ecoava na minha mente era: 'Como assim? Eu estava fazendo tudo direitinho!'

O apoio da minha família, médicos e amigos foi fundamental para que eu continuasse o tratamento. Confesso que é tudo muito difícil, mas sigo confiante, acreditando que o amanhã será sempre melhor do que o hoje.