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Aline Lopes dos Santos - Sarcoma de Partes Moles
Estou aqui para contar minha perda, minha vida e minhas vitórias.
Olá sou Aline Lopes dos Santos, tenho 25 anos e, em Setembro de 2013, tivemos o diagnóstico do meu pai - câncer de esôfago.
Após não se alimentar mais pela boca, usou sonda, fez quimioterapia e infelizmente, em abril de 2014, veio a falecer.
Foi muito difícil para nós perdê-lo, faleceu em casa, dormindo. Acho que Deus o quis levar de uma forma mais amorosa, pois ele já tinha sofrido demais com a doença.
Em julho do mesmo ano, durante um aquecimento na academia, comecei a sentir um caroço embaixo da costela, que era muito dolorido. Fiquei até internada por isso, fiz uma tomografia que já acusava o diagnóstico, mas o médico me disse que eu não tinha nada. Então fui pra casa e voltando a sentir o incômodo, procurei um clínico que me encaminhou para um cirurgião geral, que me disse que já no primeiro exame acusava o tumor.
Assim, começou a busca do diagnóstico preciso da doença. Fui a um oncologista indicado por ele que me disse que não tinha nada. Enfim, fazendo vários exames e todos acusando o tumor, o médico me disse que poderia fazer uma biópsia do tal "caroço".
Porém, a demora do convênio para liberar e a bênção do Senhor, em setembro de 2014 descobri que estava grávida, então não realizei o exame. Tive uma gestação tranquila e graças a Deus, em 19 de Maio de 2015 meu filho nasceu, com saúde, lindo, perfeito.
Com os hormônios da gestação o caroço cresceu de 2cm para 10cm e com a bolsa amniótica foi expulso para fora da costela.
Já com meu bebê de apenas 2 meses, sentindo muitas dores procurei um médico.
Passando por vários cheguei a outro cirurgião geral que me deu a pior notícia da minha vida. Com aquele choque de realidade pensando apenas em viver para ver meu filho crescer sai, eu e meu marido, da sala aos prantos sem chão.
Fui então encaminhada ao meu médico cirurgião oncológico que diante de todo aquele sofrimento, me disse: "não se preocupe vou cuidar de você".
Com a biópsia veio o diagnóstico: sarcoma sinovial grau 4. O médico disse: "sim é grave, mas vai dar tudo certo". Após muitos exames, em 28 de novembro de 2015, realizei a cirurgia a qual retirou todo o músculo e, como grudou nas costelas, foi retirado um pedaço de três costelas; uma tela foi colocada no lugar do músculo e, em março de 2016, comecei as sessões de radioterapia, fiz 30 sessões e graças a Deus não precisei da quimioterapia.
Hoje com quase um ano sem o câncer, sem o tratamento, apenas com dores no local, estou ótima, confiante, com muita fé no Deus que tudo pode e crendo que ele me preparou, sem eu mesma imaginar, que depois de ver e sofrer com meu pai, eu teria a mesma doença.
Tive a oportunidade de ter meu filho, para que pudesse passar por tudo que passei com toda paciência, fé, sabedoria, paz e amor. Poder dizer a todos que Deus me curou e hoje eu sou um milagre.
Então, entregue sua vida a Deus, acalme seu coração e você verá que o seu milagre também vai chegar.