Em maio de 2016, minha irmã sentiu forte dor no estômago, já era noite quando minha sobrinha a levou ao médico e este passou apenas um remédio; o médico falou que era apenas uma dorzinha.

 

No dia seguinte, passou com outro médico, foi pedido endoscopia e tomografia na qual recebemos a mais triste notícia das nossas vida: minha irmã, a humilde, temente a Deus, não tinha uma pessoa que não a amasse, foi diagnosticada com câncer no figado, um câncer avassalador.

 

Corremos com ela e demorou uns 4 meses para começar a quimioterapia. A oncologista falou que ia verificar se daria resultado, pois estava 95% comprometida.

 

Cheguei na casa da minha mãe arrasada para dar a notícia, entregamos nas maõs de Deus e pedi a Ele que não a deixasse sentir dor, pois não merecia tudo aquilo.

 

As quimios não resolveram, a cada dia se debilitava mais e mais e quando foi a penúltima não conseguiu; tivemos que interná-la, pois estava muito fraquinha, enrolando a língua, não comia mais, a barriga começou a inchar e com isso a falta de ar a cada dia estava pior, estava tendo diarreias fortes...

 

Então, resolvemos interná-la, não conseguimos segurar, não teve mais jeito. Foi nesse momento que começaram os tratamentos paliativos.

 

Os médicos nos chamaram e pediram para resolvermos se eles a entubariam ou sedariam, porque de qualquer jeito ela partiria. Resolvemos deixá-la no quarto para despedida dos familiares e amigos. Uma semana se passou, do dia que o médico deu a sentença até o dia dela partir. No dia 12/12/2016 deu seu último suspiro no quarto junto de seus dois filhos.

 

É uma dor que não se compara a nenhuma outra, a perda de uma irmã tão querida.