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Ana Paula Rodrigues Fernandes - Câncer de Estômago
A fé nos leva a crer no invisível para Deus realizar o impossível!
Meu nome é Ana Paula, filha de José Fernandes Leandro, o melhor pai do mundo.
Posso dizer que tive o melhor pai do mundo, mas no dia 24 de agosto de 2016 ele me deixou. Tem cinco meses que não ouço sua voz, que não tenho seu abraço e nem seu carinho.
Morávamos eu e ele em uma casa pequena, mas tinha muito amor e carinho. Em março de 2015 descobrimos que ele estava com um tumor no estômago através do exame de endoscopia.
Até esse momento tudo bem, faria a retirada do tumor e estava resolvido o problema. Mas não foi simples assim, com o exame de biópsia foi diagnosticado o tumor maligno, consequentemente com a tomografia, também foi diagnosticada uma metástase. Nossa, o mundo desabou para mim... como assim? Meu pai? Meu único pai? Isso não podia estar acontecendo.
Mas papai, um homem temente a Deus, sempre confiou que seria curado e há todo tempo dizia: "fica tranquila minha filha papai já está curado, Deus já está trabalhando em minha vida", lembro como se fosse hoje essas palavras dele.
Como o câncer já estava espalhado, não adiantava realizar a retirada do estômago porque até então, achamos que só estava localizado no estômago. Para melhorar os dias de vida dele com menos dor, foi feita uma cirurgia de desvio na qual foi aberto um caminho para que a comida não passasse onde estaria o tumor.
Depois de três semanas de cirurgia as sessões de quimioterapia iniciaram. Papai ficou internado durante cinco dias e uma vez por mês fazia a sessão de quimioterapia, essa rotina se repetiu por quatro meses. Foram quatro meses de muitos enjoos, desânimo e muita dor. A quimioterapia foi acabando com papai, emagreceu muito.
No quarto mês, a médica nos disse que tinha que a mudar o tipo de quimioterapia porque não tínhamos obtido bom resultado, o tumor não estava regredindo. Com o novo tipo de quimioterapia papai fazia três horas de aplicação, uma vez por semana. Ela era bem mais forte, tirou as forças das pernas do papai e tirou a voz dele.
Que tristeza em meu coração ao ver meu papai, meu único pai, não conseguindo andar, não conseguindo falar e magro, muito magro. Devido a isso, começou a usar fraldas porque não tinha força para caminhar e chegar ao banheiro, isso doeu muito nele, ficou muito sentido em ter chegado nessas condições e não conseguiu realizar mais as sessões de quimioterapia.
Papai veio a falecer em casa comigo. De manhã, levantei como de costume, dei os remédios e café, perguntei se queria ficar sentado ou deitar novamente e ele optou em deitar. Enquanto fui na cozinha e voltei ele suspirou e faleceu.
Indignada, nunca acreditei que ele fosse falecer. Papai teve todos os cuidados necessários, sempre teve todo amor e cuidado, todos conhecidos orando por ele. Achei que ia ser curado, tantos pacientes são curados, por quê o meu pai não? Mas não foi...
A bíblia nos ensina que: " em tudo dai graças, que Deus sabe de todas as coisas, que tudo que Deus faz é perfeito". Sou grata à Deus por ter me deixado viver com papai os meus 27 anos de vida.
Um vazio enorme, uma casa vazia, um buraco nunca preenchido e um amor nunca substituído!