Confira aqui os depoimentos

  • Barbara Visciglia Mingini - Câncer de Pulmão
    Desejo que todos os pacientes que venham ter o diagnóstico de câncer tenham tranquilidade e confiança em relação aos seus cuidados de saúde e em todo o seu processo, com o respeito e direito que merecem.
Por coincidência ou não, esse artigo apareceu na minha caixa de e-mail por acompanhar os assuntos desse periódico. Porém, não tive como ignorar e ler esse título na integralidade, já que esse tema me afetou profundamente, pois vivenciei essa trama nos últimos meses Cuidados paliativos sob a ótica de familiares de pacientes com neoplasia de pulmão: O que não entendo é como eu, cuidadora, compreendo claramente o que esse termo "cuidados paliativos" significa e perceber e ver tantos médicos e instituições utilizarem esse termo para justificar e desserviço ao paciente com CA metastático. É impressionante como esse termo vem para justificar o bloqueio na entrada em serviços de referência à CA, a morosidade na aprovação de procedimentos em convênios privados, na falta de empenho para agilizar procedimentos que poderiam proporcionar o equilíbrio clínico básico do paciente e ainda, garantir procedimentos de controle da doença. Sinto como enterrassem vivos doentes de câncer com sua falta de comprometimento, e dizem fazer Cuidados Paliativos. Logo vai aí um trecho do texto para reforçar o conceito: Cuidados Paliativo = "Cuidar, portanto, não pressupõe salvar, TAMPOUCO ABANDONAR, mas acompanhar, quando a cura não é o foco da atenção”; "abordagem que PROMOVE A QUALIDADE DE VIDA de pacientes e seus familiares, que ENFRENTAM DOENÇAS que ameacem a continuidade da vida, por meio da PREVENÇÃO E DO ALIVIO DO SOFRIMENTO. Requer IDENTIFICAÇÃO PRECOCE, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA DOR e outros problemas de natureza biofísica, psicossocial e espiritual. (p. 26). "todos os envolvidos (paciente-equipe-família) participam das decisões do tratamento” "os cuidados paliativos não apreciam a Eutanásia (apressamento da morte), tampouco a Distanásia (prolongamento da morte com grande sofrimento), mas encaram a morte como processo natural e um componente da vida, privilegiando a chamada morte com dignidade, ou Ortotanásia”. Assim termino sugerindo uma pesquisa questionando: Quando foi que os profissionais médicos e gestores mudaram sua ótica sobre cuidados paliativos? Ou será que em algum momento eles tiveram essa ótica? Peço que compartilhem essa mensagem como minha tentativa de mudança dessa realidade para outras pessoas que passam pelo mesmo problema. Já que para mim não existe mais tempo. Abraço a todos
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