Descobri meu câncer em um exame de rotina, mais precisamente em um ultrassom das mamas. Fui diagnosticada na semana do meu aniversário. Durante o exame, percebi que algo estava errado, pois a médica mencionou que havia um nódulo que não estava presente no ano anterior. Perguntei se deveria procurar um oncologista, mas ela me orientou a esperar pela biópsia. Após a biópsia, veio o diagnóstico: eu tinha um câncer do tipo Luminal B, grau 2, HER2+. Eu já desconfiava e fui encaminhada para uma mastologista, que me explicou tudo. O tumor tinha 4 cm e decidimos iniciar a quimioterapia neoadjuvante. Fui então encaminhada para a oncologista, que definiu o meu protocolo: seriam 4 sessões de quimioterapia vermelha. Eu já sabia que perderia o cabelo em cerca de 10 dias, mas, felizmente, não tive muitas reações adversas. Lembro que tomava um suco para fortalecer a imunidade e nunca tive problemas nesse sentido.

Ao finalizar as quimioterapias vermelhas, coloquei um clip metálico para marcar o local do tumor para a futura cirurgia. Isso foi importante porque, ao iniciar a quimioterapia branca, se o tumor diminuísse significativamente, seria difícil identificar sua localização exata sem o clip, o que poderia me fazer perder a mama. Recebi todas as informações necessárias durante esse processo. Tive alopecia total e, como estava calor, preferi usar lenços para cobrir a cabeça, pois não podia me expor ao sol.

Comecei a quimioterapia branca em dezembro de 2023 e terminei em janeiro de 2024. Refiz os exames e, felizmente, essa fase da quimioterapia não me causou muitas reações, exceto por alguns dias de constipação, que resolvi com a indicação de óleo (Lactuliv) e supositório de glicerina. Quando refiz a ressonância, senti aquela apreensão que todo paciente conhece. Para surpresa de todos, o resultado indicou uma remissão completa. Fui então indicada para fazer o agulhamento no local do clip e operei no dia 26 de janeiro de 2024. Felizmente, não foi necessário realizar uma mastectomia, apenas uma limpeza das microcalcificações remanescentes. A biópsia da peça retirada e dos linfonodos sentinela veio negativa para invasão tumoral.

Atualmente, faço uso do Trastuzumabe Entansina para o HER2+, mesmo que esse marcador não tenha aparecido no imunohistoquímico. Sigo o protocolo de adjuvância juntamente com o tamoxifeno. Quanto ao Trastuzumabe, não sinto nenhuma reação adversa, e, em relação ao tamoxifeno, tenho apenas alguns fogachos. Devo terminar o tratamento com o Trastuzumabe Entansina no dia 14 de março de 2025, com aplicações a cada 21 dias.

Hoje, estou super bem e meu cabelo cresceu rapidamente. Em nenhum momento a doença me derrubou.