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  • FR - Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
    Tudo acontecia de uma forma que só posso explicar como: milagre!
No dia 23 de agosto 2001, descobrimos eu e minha família que eu tinha um tumor na região central da cabeça, maior do que uma laranja. Tratava-se de um tumor maligno, que me acompanhava desde menina, e era um tipo de tumor muito agressivo (Meduloblastoma), que se espalha com grande rapidez e facilidade pelo restante do corpo. O médico, ao diagnosticar a gravidade da doença, internou-me imediatamente.
 
No dia seguinte, já estava na mesa de cirurgia, com a notícia de que teria apenas 8% de chances de resistir à operação. Ás 20h30 do mesmo dia (6ª feira, 24.08), ao contrário do que todos os laudos médicos haviam informado, eu já estava sendo encaminhada para a UTI! Fui induzida ao estado de coma, e segundo os médicos, permaneceria nesse estado durante, NO MÍNIMO, dois dias; Porém, às 08h30 do sábado (dia seguinte à operação), eu já abria os olhos e balbuciava algumas palavras...
 
O tempo previsto para que eu permanecesse na UTI era de sete dias, sendo que em três destes eu permaneceria entubada. Contudo, a entubação durou apenas UM DIA, e em três dias eu já estava indo para o quarto de recuperação! Neste quarto eu deveria ficar mais uns quinze dias, mas em uma semana eu sai e fui encaminhada para o Instituto..., em Campinas, onde seria internada sem data prevista para alta, de acordo com o laudo do primeiro médico que me acompanhou aqui em Piracicaba...
 
Tudo acontecia de uma forma que só posso explicar como: milagre!
 
Em Campinas, fui avaliada por uma equipe médica e foram realizados muitos e muitos exames que constatavam que meu estado era bastante grave e delicado. Mesmo assim, o diagnóstico da médica responsável era que, apesar dos resultados, a situação poderia ser considerada como estável, e ñ havia necessidade de internação!
 
Antes de ir para Campinas, realizei um exame de ressonância magnética, o qual detectou pequenos fragmentos que evidenciavam a possibilidade de metástase (espécie de "raízes" que possibilitam o aparecimento de novos tumores em outras partes do corpo), além de 20% de lesão na cabeça... Tais informações preocuparam muito os médicos do Instituto Boldrini, pois esse resultados indicavam a necessidade de uma nova cirurgia.
 
Foi, então, solicitado um exame de medula e um mapeamento ósseo que confirmaria e localizaria esses fragmentos. Vale ressaltar que, pelo fato do tumor existir desde menina, era praticamente impossível este fragmentos não existirem... Mas deram negativo. Restava agora saber dos 20% de lesão na cabeça... Um exame completo foi realizado na UNICAMP. Também o resultado foi NEGATIVO, e os médicos ñ conseguiam entender tudo isso!
 
Os tratamentos continuou ao até 08 de abril de 2002, onde foram realizadas 38 seções de radioterapia e inúmeras quimioterapias. Durante este período sofri muitos, pois o tratamento e estreitamente doloroso.
 
Logo após a cirurgia apresentei sequelas na visão onde perdi o foco e também no equilíbrio e coordenação motora do corpo, tais sequelas dificultavam a possibilidade de eu andar, quem acompanhou minha historia me viu por diversas vezes de cadeira de rodas, durante mais ou menos um ano e meio estive na cadeira de rodas.
 
Deus abençoou grandemente a minha vida neste período de tratamento, consegui fisioterapias, ecoterapias, entre outras bênçãos as quais financeiramente minha família não tinha condições nenhuma de pagar, até mesmo os medicamento de químio que eram caríssimos (R$ 27,00 casa ampola, eu usava 3 por dia em uma internação de uma semana),
 
Ao fim do meu tratamento em mais ou menos fevereiro de 2002 eu mais uma vez surpreendia os médicos com resultados dos meus exames de sangue onde apresentava 33% de glóbulos vermelhos e ainda realizava quimioterapias, como também já tinha células saudáveis.
 
Hoje venci a cadeira de rodas, tenho dificuldades motoras, mas ando de muleta, trabalho, passeio... Vida normal.
 
Tudo se fez novo na minha vida e agradeço a Deus por isso, porque mediante minha historia eu só posso concluir que algo sobrenatural aconteceu...
 
Sofri lutas com a doença, depois com sequelas e também preconceito que nem sabia que existia, mas aconselho que ninguém desista de lutar e confiar em algo maior – Deus – porque neste momento não existe o que fazer...
 
E se você tem alguém na sua família, ame! Cuide! Sirva!
Esteja do lado, pois isso faz TODA diferença para quem sofre!
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