Minha vozinha Josefina faleceu aos 55 anos. Tudo começou no início de dezembro, quando ela começou a sentir dores no pescoço. Pensávamos que seria uma simples dor, até que apareceu um caroço que vinha crescendo, e junto com ele, as dores também aumentavam.

Minha avó morava na fazenda, mas depois foi para a casa da minha mãe para realizar exames. Foram solicitados biópsia, exames, entre outros procedimentos. Minha avó foi até Dourados para realizar esses exames, mas as dores continuavam a aumentar com o passar dos dias, e ela já estava desanimada, pois nenhum remédio fazia efeito.

Um dia, os médicos deram a notícia de que minha avó estava com câncer terminal e que ela teria que ir para Barretos para começar o tratamento o quanto antes. Em menos de dois meses, minha avó se debilitou muito. Ela não comia, não andava mais. Minha avó era linda, mas emagreceu muito. Ela ficou 15 dias em Barretos, e os médicos informaram que não havia mais tratamento possível, pois o câncer havia se espalhado por todo o corpo.

O lado do pescoço, onde estava o caroço, abriu, e ficou um buraco horrível. Aquele buraco cheirava mal, mas mesmo assim cuidamos dela com todo amor e carinho. Minha mãe a trouxe de volta para casa, e ela foi para a casa do meu tio. Depois de uma semana, fui para lá ficar com ela. Minha avó já estava tão debilitada que até para se alimentar com líquidos e água estava difícil.

Passei 15 dias ao lado dela. Depois, ela passou mal e foi para o hospital. Ficou três dias internada e, então, minha estrelinha faleceu.

Hoje faz três meses que estou sem minha estrelinha.