Meu pai foi diagnosticado com um câncer no corpo do pâncreas, com suspeita de metástase no lobo esquerdo do fígado. Tem todos os sintomas dos outros casos relatados. A recepção do diagnóstico é sempre dolorosa, principalmente quando o caso é de um fim praticamente certo. A partir daí foi correria. Depois da tomografia, fomos orientados pelo médico a fazer dois exames de sangue, um do antígeno carcinoembrionário e outro do CA 19-9. O primeiro deu, como esperado, elevado. O segundo que também esperávamos dar elevado, para a nossa surpresa, deu normal. Levamos o resultado para o médico, e ele nos passou uma colonoscopia, com suspeita de que o câncer poderia não ser no pâncreas. O resultado da colonoscopia, deu normal. E então foi marcada a biópsia. Antes, porém, decidimos refazer o exame CA 19-9, para confirmar o erro de laboratório. Novamente o exame deu normal. Agora estamos com a biópsia marcada, aguardando o resultado da mesma. O resultado do exame nos dá esperança de ser um problema diferente. Mas, estamos confiantes e preparados para o que vier. Não tenho medo dessa doença, mesmo sabendo de todos os prognósticos que a do pâncreas tem. Quero passar com essa mensagem, para as pessoas que recebem esse diagnóstico, que sempre há uma esperança maior (a nossa foi a de que poderia não ser no pâncreas). E que mesmo que o diagnóstico seja confirmado, não se abata, corra atrás para que no final (seja lá qual for) você não se arrependa de não ter feito mais, não perca tempo se lamentando e faça o possível. Estamos fazendo tudo que podemos por meu pai, já passei um dia sem dormir para acompanhá-lo, e tenho certeza que nossos esforços serão recompensados no final. Ninguém aqui tem tempo para chorar, nosso tempo é 100% procurando e fazendo de tudo para ele sair dessa. Essa doença é difícil pra nós, mas muito mais para ele. O que nos resta é passar para ele segurança e confiança de que tudo ficará bem (e ficará).