Compreendo o quanto é difícil ser familiar de alguém com câncer, ver em algum momento o sofrimento desta pessoa e se sentir impotente. 

Lute pela dignidade, pela dor mais controlada, chore baixinho, ore (indiferente de sua religião, acredite que há alguém que nos ampara, busque esta força). Se é difícil para você, imagine para quem está passando pelo câncer, portanto não o cobre. 

Valorize suas queixas, dê atenção, mas acima de tudo o respeite como pessoa, busque ao máximo preservar sua autonomia, respeite suas decisões, escute. Faça de tudo! 

Cobre, com educação. Há todo um fluxo, um processo por detrás de cada exame, de cada diagnóstico, de cada medicamento. No momento de desespero compreendo que gritamos com o primeiro que aparece na frente, porém pare para perceber que o primeiro que aparecer pode ser o primeiro que quer lhe ajudar, e assim como você, também poderá estar se sentindo impotente naquele momento, mas que ao ver seu desespero também abraçará sua luta e lutará contigo. 

Todos juntos serão mais fortes, um ambiente sem brigas ajudará com certeza no tratamento e no dia-a-dia de quem está passando por este momento lutando pela vida, pela dignidade. 

Força, vocês não estão sozinhos!

Um abraço, Luana Marques