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  • Luciana. - Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
    "Um tumor raro (Gliobastoma Grau 4) tirou a vida do meu pai."

Tudo começou no início de janeiro de 2024, em uma viagem de família. Meu pai teve um apagão de visão, e depois disso ele começou a agir de forma diferente, vivendo esquecendo as coisas e os compromissos. Notamos que o lado esquerdo estava com perda de movimento e a boca torta. Pensamos que era um AVC e o levamos para o hospital em 25/01/2024.

 

Após uma tomografia, a terrível notícia: meu pai estava com um tumor na cabeça. Meu mundo desabou. Ele ficou internado, aguardando a cirurgia, que ocorreu uma semana depois, em 01/02/2024. Ele se recuperou bem, voltando a andar com algumas dificuldades. Logo fomos para casa, mas precisamos retornar ao hospital pois ele estava com pneumonia. Ficou hospitalizado por uma semana. No retorno para casa, notamos que ele estava mais forte a princípio, mas a parte respiratória não tinha se recuperado por completo. Ele estava cansado.

 

Enquanto isso, aguardávamos ansiosos o resultado da biópsia. Em 26/02, chegou a tão temida notícia: o resultado da biópsia era péssimo, Glioblastoma Grau 4. Ao pesquisar sobre isso, o desespero me dominou. Eu sabia que ele iria sofrer, e tudo o que eu não queria era vê-lo sofrer. Ele não tinha nenhum problema de saúde; não era diabético, nem hipertenso. Ele não tinha nada. Meu pai estava com 64 anos.

 

Infelizmente, em 07/03/2024, fomos acompanhá-lo na consulta com o neurocirurgião, a mesma equipe que realizou a cirurgia. O médico solicitou que ele entrasse no pronto-socorro e que fossem feitos novos exames para investigar trombose. Assim foi feito. No entanto, meu pai, ao chegar perto da entrada do pronto-socorro, não aguentava mais ficar em pé; era como se estivesse perdendo as forças. Ao dar entrada no PS, o médico solicitou exames que demoram demais para ficarem prontos. Meu pai estava muito sonolento após esse episódio na porta do PS, não queria comer, não interagia muito, só dizia que estava com sono e ficava de olhos fechados.

 

Até que começou a passar mal e foi para a sala de emergência. A partir dali, não sei o que aconteceu. Só sabemos, pelos médicos, que ele teve uma parada respiratória decorrente de uma trombose. Os dias têm passado e a saudade é imensa. Uma doença terrível como essa levou meu pai, meu amor. A vida perdeu o brilho sem você. Não sei quando vou me recuperar. Tínhamos uma ligação muito forte.