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  • Maria Aparecida da Silva - Rabdomiossarcoma
    Nunca Desistir!
Tudo começou assim... 

No dia 20 de novembro de 2014, à tarde, estava varrendo a casa enquanto minha filha de 5 anos, Maria Cecília, saia do banheiro para o quarto e ao passar por trás de mim, no movimento de vai e vem da vassoura acabei atingindo o rostinho dela com o cabo.

Imediatamente, sua bochechinha, mais próximo do ouvido esquerdo ficou inchada e achei que havia fraturado. Corri com ela até o hospital da minha cidade, onde foi constatado um pequeno edema, que possivelmente tenha se gerado após o trauma. Foi medicada com analgésicos e depois liberada para observação em casa. 

Após sete dias o edema não diminuiu, então foi iniciado antibiótico, pois acreditava-se que seria um abcesso em formação. Mas o diferente era que Cecília não tinha dor, não tinha febre e o inchaço não diminuía. Então levei Cecilia a outros médicos, até encontrar um que me encaminhasse a um hospital maior, onde ela pudesse fazer outros exames.

Então, minha jornada que começou no dia 20 de novembro, teve um outra descoberta no dia 16 de dezembro, um tumor na bochecha de Cecilia. Fomos novamente reencaminhadas, agora ao Hospital que eu nunca imaginaria estar ali, e que seria agora minha segunda casa, ao Hospital de Câncer de Pernambuco. 

Minha filha foi encaminhada ao cirurgião de Cabeça e Pescoço, depois passou pelo oncopediatra, foi internada no mesmo dia onde realizou biópsia e aguardamos alguns dias para o resultado. 

Como foi na semana de Natal, não tivemos Natal, estávamos com medo do que poderia acontecer. Ela passou a sentir dores que não a deixavam dormir e então foram quase oito dias em claro, até que no dia 29 de dezembro de 2014 recebemos o diagnóstico: Rabdomiossarcoma Alveolar. Sim era um tipo de câncer. 

Foi muito difícil... como dizer a uma criança de 5 anos que ela está doente? Que ela vai ficar um tempo sem ir à escola? E que seus lindos cabelos longos iriam cair? Como explicar que ela ficaria internada e faria exames semanalmente? 

Nessa hora agradeci a Deus, isso, agradeci a Deus por ele me mostrar o que Cecília tinha e pedi forças a Ele para lutar mais ainda por ela. Pedi para não desistir. 

Lembro que tivemos o final de ano mais triste das nossas vidas. Vi os fogos pela janela do hospital e minha filha na cama, tentando dormir, mas não conseguia. Não era por causa dos fogos, mas por causa da dor que ela estava sentindo. Foram momentos difíceis neste ano de 2015, mas descobri que minha filha é uma guerreira e está conseguindo passar pelo tratamento. 

Hoje restam duas sessões para acabar. As novas tomografias não mostraram mais o tumor, pois ela tem uma boa resposta a quimio. 

 Espero que esse depoimento possa ajudar muitas mães, pois as vezes achamos nosso filho tão pequeno, tão frágil, mas não sabemos o quão forte ele é e como pode nos mostrar que Deus nunca nos abandona, ele está presente em todos os momentos. E que nunca devemos desistir.
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