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  • Monique de Oliveira Gomes - Câncer de Mama Avançado
    "Câncer de mama com metástase"

Minhas irmãs me chamavam de Danny. Éramos nove irmãos e eu era a terceira mais nova. De novembro de 2021 até junho de 2022 comecei a sentir dor nas costas, na coluna.


Pensava ser por causa das minhas atividades: cuidava de animais resgatados de rua. No começo de junho fui no posto de saúde próximo da minha casa e me disseram que tomaria um remédio para dor. Disse que tinha fobia de agulhas, mas tomei e desmaiei, caindo de bunda no chão.


Depois disso a dor só aumentou, num dia fui com minha irmã mais velha num grande hospital e lá fizeram tomografia. O médico disse que se tratava de pneumonia e pedra nos rins. Fiz o tratamento mas a dor não passava. Assim passou mais um mês e passando muito mal fui novamente nesse mesmo hospital, lá fiz até exames para saber se tinha AIDS, tudo deu negativo e minha irmã lembrou daquela TC e foi buscar o laudo. O médico disse que poderia ter tudo menos aquilo. 


Era câncer com metástase na quarta e quinta vértebras dorsais nas costelas e pulmão com nódulos de um cm. Isso dia 26/08/2022. No dia seguinte fomos no oncologista que identificou um nódulo no meu seio esquerdo e me encaminhou para uma mastologista e fomos dia 28/08/2022 a mando dessa mastologista levamos o conteúdo da biópsia para um laboratório particular para recebermos o resultado o quanto antes.


Foram doze dias de ida e vindas todas as noites dos postos para receber oxigenoterapia e injeções de tramo para as dores. Saindo o laudo soubemos ser um carcinoma já avançado, emagreci mais e fiquei com cerca de trinta quilos, com um metro e setenta. Me sentia fraca e precisei de ajuda.


Minha irmã conseguiu um cilindro de oxigênio grande e ampolas de tramadol para aplicar em casa. Numa quinta feira dia 22/09/2022 meu irmão num ato de desespero, pois minha primeira consulta oncológica seria para o dia 21/10/2022, saiu de nossa casa em busca de uma internação. Migramos por cinco hospitais pelo centro do Rio de Janeiro e nada. 


Dali fui para uma emergência no primeiro hospital que soube de minha doença. Recebi três ampolas de tramadol e fui liberada pela manhã, dali passei mal o dia inteiro e tive alucinações. 


Minha irmã me levou ao posto à noite e vi o médico que me atendia todas as noites. Implorei para ele me internar pois senti que estava no limite e não queria que meu pai passasse por isso em nossa casa. Ele me internou, fiquei na sala vermelha e no outro dia dia 24/09/2022 exatos vinte oito dias após saber de minha doença vim a óbito. 


Essa história é de minha irmã Monique e conto tudo que vivi com ela.


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