Confira aqui os depoimentos
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Vanessa Alves - Câncer de Cabeça e Pescoço
Enquanto há vida, há esperança, está nas mãos do Senhor!
Bom tudo começou no final do ano passado, 2015.
Um dia, minha vó acordou e notou algo estranho no lado direito do pescoço: uma pequena bolinha que não deu a mínima importância.
Ao passar dos dias, começamos a notar que a bolinha crescia cada vez mais, sentia muita dor, até que fomos ao médico verificar o que estava havendo. O médico pediu vários exames, inclusive uma tomografia que detectou infecção na glândula direita do pescoço que teria que passar por uma cirurgia para a sua retirada completa.
A cirurgia foi feita em 23 de Novembro de 2015 e ocorreu tudo bem, mas quando menos esperávamos saiu o resultado da biopsia da glândula que diagnosticou um tumor maligno.
No momento que soubemos perdemos o chão, logo após acharmos que tudo estava bem descobrirmos algo assim? Mas, em meio ao sentimento de tristeza e sem saber o que fazer, fomos todos buscar força e coragem em Deus para passarmos por 36 sessões de radioterapia que não foram nada fáceis.
Minha vó perdeu completamente o apetite, ficou com dificuldade de deglutinação, manchas escuras em volta do pescoço e costas, perdeu cerca de 10 kg.
Nós não desistimos. Graças a Deus conseguimos alcançar nosso objetivo de passar pelas 36 sessões, mesmo ela tendo muita dificuldade em comer, se alimentando muito pouco e ingerindo só coisas líquidas.
Passamos novamente no oncologista e repetimos vários exames. Estava tudo bem e foi marcado retorno daqui 5 meses para um novo check-up, só que em meio a esse tempo ela começou a sentir muitas dores, por conta da sequela que a cirurgia tinha deixado, e a alimentação piorou mais ainda.
Então, resolvemos adiantar a volta ao médico, que logo detectou algo estranho no lado esquerdo da boca e nos informou que haveria necessidade de uma nova cirurgia. Veio mais uma vez o medo, angústia, tristeza e nosso questionamento: por que isso novamente? Nosso mundo desabou.
No entanto, estamos aqui novamente com o propósito de que enquanto houver vida há esperança e que vamos lutar até o fim. O que nos faz ir à luta mais uma vez é a serenidade, confiança que minha vó passa em meio ao sofrimento, dor... isso é o que mais nos contagia e faz com que busquemos forças em Deus e continuemos na batalha.
No momento foi feita uma tomografia para a verificação e confirmação se é um tumor maligno ou benigno, a proporção para realizar a cirurgia e estamos no aguardo do resultado para voltarmos ao oncologista.
Estamos sujeitos a passar por esta doença, mas nunca passa pelas nossas cabeças que pode ocorrer na nossa família, com uma pessoa querida que você ame. No meu caso ainda, nunca imaginei que minha vó uma pessoa saudável, com 77 anos passaria por todo esse sofrimento a essa altura da vida. Por isso, acredito que só quem passa sabe o quão difícil é esta batalha contra o câncer.