Dia 18/2/2018, às 17:00 hrs recebo um telefonema pedindo que eu fosse ao HUCC pois minha esposa estava na emergência. Chegando no hospital e o médico disse que ela tinha sofrido um AVC isquêmico sem sequelas, mas minha esposa seguia internada para descobrir a causa do AVC. Nessa investigação, descobriram um nódulo no pulmão direito e um no cérebro. Neste período, teve de ser medicada com medicamento ansiolíticos pois ela era dependente química da nicotina. Após a biopsia, foi constatado um adenocarcinoma metastático com tumor no cérebro (que seria retirado). Prosseguiram com quimio, radio e, após a primeira sessão de quimio, minha esposa emagreceu tanto que ficou pele e osso e teve retração do globo ocular, estava com aparência de 90 anos. Na segunda quimio teve parada respiratória e desenvolveu uma anemia irreversível, foi tratada com infusões de sangue e realizou uma cintilografia óssea que revelou metástases nos ossos. Em uma radiografia em maio, dava pra ver o tumor no pulmão direito e varias metástases no esquerdo com liquido na pleura adjacente. Desenvolveu uma trombose venal grave no braço direito e, não suportando mais as dores, me pediu que a leva-se no pronto atendimento. Chegando lá a médica que a atendeu resolveu interna-la e administraram anticoagulante pra reverter a trombose, que resultou em hemorragia. Então cortaram o anticoagulante e continuaram com a infusão de sangue e ela, reclamando de dor e falta de ar, aplicaram uma outra medicação que não surtiu efeito. Após vomitar por duas vezes, fui chamado por uma equipe de cuidados paliativos e me informaram que nada mais poderia ser feito, somente sedar e utilizar morfina. Após início do cuidado paliativo, ela despertou da anestesia em pânico dizendo que sentia dor e falta de ar. Às 18:00 hrs do dia 29/8/2018, ela faleceu. Quando fui fechar suas pálpebras vi os vasos do olho incharem... E estou traumatizado com tudo isso até hoje. Que descanse em paz.